quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Conceituando...

A saudade não é um sentimento... Ela não existe...
Sentir saudade é na verdade o não sentir outras coisas, não ver, não ouvir... Não falar, não rir junto, não compartilhar...Não saber do que aconteceu na última semana; ou não ter idéia que vai rolar na próxima semana... Saudade é espaço em branco, é cavidade cardíaca não preenchida, é bexiga sem ar...

Saudade, enfim, é uma merda...

Vou ali, já sentindo uma merda de saudade, e já volto...


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Nota:


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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Inevitável...

Voltar as costas para a realidade pode ser tremendamente confortante...Até o dia que ela bate de frente, te segura pelos ombros, te olha nos olhos e pergunta: "Até quando você pretende virar as costas?"...E você descobre que talvez precise de um tempo para responder à pergunta...ou...
Responde que não é surda...E, portanto, ela pode parar de gritar...


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Nota:


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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Quem pergunta o que quer...

Imagine-se com uma vontade louca de comer/devorar um doce...Na tentativa de saciar-se invade todas gavetas, os armários e geladeira...NADA...Percebe que a única solução é dirigir-se à uma Café Bar e Chocolateria chic perto de casa para cometer o tal ato/crime...

Munida da bolsa e carteira põe-se caminho...Pede um café expresso acompanhado de: carolinas com recheio de avelã e sorvete de banana caramelizada com calda de chocolate...

Meia hora depois chega o pedido: As carolinas são do tamanho de bola de gude, o recheio por sua vez em quantidade tão irrisória que você nem consegue sentir o gosto...O sorvete é uma fatia de 5 x 5 cm; e a calda de chocolate vem em metade de numa xícara pequena de café... Ainda não saciada a tal vontade de comer doce o jeito é pedir um bombom com recheio de ganache de chocolate branco...

O tempo passa e na hora de ir embora, a atendente (uma das sócias da tal café chocolateria chique) pergunta se você(eu) gostou... E ouve em resposta: " Olha, na verdade, não!"... Nada feliz com a súbita franqueza, ela diz: " Puxa, mas eu até te estranho porque essa é uma das sobremesas que têm mais saída"...

A essa altura, já revoltada com a baixa quantidade de açúcar no seu(meu) sangue... "veja, a porção que vocês servem é tão diminuta que o gosto fica sutil demais para ser notado, mas estou certa de que para algumas pessoas isso deve bastar...Mas o café estava muito bom!"

A caminho de casa começa pensar...Quem pergunta o que quer, precisa estar disposto a ouvir o que não quer...

Acho que vou ali no supermercado comprar alguns chocolates, doces e afins...

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Notas:


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Motivos para ter orgulho da Cidade de São Paulo
Acontece neste fim de semana a I Virada Esportiva serão 24 horas de esporte, lazer e recreação na cidade de São Paulo...Quem estiver por aqui vale a pena conferir...Clique na imagem e confira a progamação.



Tenham um excelente fim de semana...
Pratiquem esporte...Comam doce...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Primeiro Encontro...

Primeiros encontros são geralmente engraçados, alguém sempre lembra de uma história de algo inusitado que aconteceu no seu primeiro encontro, minha oce mãe por exemplo perdeu a meia...Mas isto é história para outro texto...
E não estou falando dos encontros - Leia-se aqueles em que um olha para o outro pela primeira vez e sente vontade - que precedem ao verdadeiro "primeiros encontro"... Estou falando daquele primeiro encontro em que os dois vão com a expectativa de saber o que está por trás do tal olhar...

Tem coisa mais legal do que o primeiro encontro ou, como dizem os americanos de um jeito muito fofo, first date? Na-na-ni-na-não... Ele pode ser um compromisso formal como jantar, ou casual como uma caminhada no parque, ou boêmio como uma cerveja na happy hour, ou ainda despretensioso como um café no fim de um dia daqueles de trabalho... Em qualquer das hipóteses, rola aquele clima especial de expectativas gostosas...

No primeiro encontro, tem aquela sede do outro... Queremos saber desde a idade até os hábitos dos sábados da criatura...Ouvimos todas as informações coletadas como se estivéssemos assistindo ao filme do ano... Tudo tão novo e excitante; e o outro parece tão cativante...

Claro, o primeiro encontro também é legal porque é marco de reinício para nós mesmos...Primeiro encontro significa a possibilidade de recomeçar, deixar para trás aquele eu marcado pela última história, aquele eu meio ranzinza, meio cínico, meio descrente... Primeiro encontro significa que finalmente o coração ficou zerinho bala, pronto para novas aventuras...Que talvez ocorram dali para frente...
Quando o primeiro encontro virar o segundo...

*Suspiros...:



Nota:


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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A Primeira Vista...

Eu o vi ali, a trinta centímetros de mim... meu coração começou a bater de forma louca...Pensei em todas as coisas que poderíamos fazer juntos...Em todos os lugares onde iríamos... Ahhhh quanta inveja e admiração iríamos causar...

Entrando num estado de excitação absurda tive certeza de que nada nem ninguém poderia nos separar dali por diante!

Se amor à primeira vista realmente existe deve causar nas pessoas a mesma sensação que apoderou-se do meu corpo quando o encontrei... E, perceber isso foi fundamental para a decisão que tomei... Decisão essa que me fez uma pessoa muito mais feliz e sensivelmente mais pobre...

Porque, a partir de então, me tornei a feliz compradora do mais maravilhoso par de sapatos Manolo Blahnik já fabricado.


*suspiros*


Isto sim é irresistível...Isto sim é amor...


Amor por mim...


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NOTA:


Atualizações no " Vamos Continuar Vaiando o Lula ", que agora percebo deveria ter posto o nome de " Vamos Continuar Vaindo TODOS lá no DESGOVERNO"

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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Coisas Que Deixam Um Homem Irresistível...

Sorriso sacana;

Inteligência perfurante;

Ter acima de 1,75 m de altura ( devido as discurssões vide comentários);

Peito largo;

Carolina Herrera for men;

Entender / gostar de vinho;

Ter uma atração irresistível por chocolate;

Gostar de animais, daquele jeito que faz os olhos brilharem;

Não ser tão fissurado em carros;

Saber exatamente onde pousar a mão para te conduzir, naquele ponto um pouco abaixo da cintura, um pouco acima do bumbum;

Beijo explorador;

Aperto de mão;

Ter "aquela" pegada;

Preocupar-se (ou fingir se preocupar) com os seus (os seus, criatura, não os dele!) problemas;

Com um único beijo te deixar molhadinha da silva sauro;

Fazer comidinha especial sóóó pra vc;

Te dizer, de surpresa: "eu te amo, minha nêga!";

Preferir sempre a tua companhia a de qualquer pessoa;

Oferecer o ombro pra assistir aquele filmitcho beeeeeeem melequento na cama;

Esquentar o edredom pra você;

Saber rir junto...

Pode parecer complicado...Mas não é!!!...


Texto escrito à 8 mãos... Valeu Crys (por lembrar da PEGADA), Dora (pela delícia de lembrar como é gostoso rir junto) e Shi (pelos diversos) pitacos...


Nota


Desejo à todos um Feliz 5768...Shalom!!!


Sobre a absolvição do Renan aVacalheiros (sobrenome bem lembrado pela Crys) "Vamos Continuar Vaiando o Lula"...
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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Mulher Porta-Copos

Antes de mais nada, preciso dar uma explicação terminológica... A expressão que intitula esse meu pequeno texto veio-me à mente após observar o comportamento de uma indivídua, durante um encontro social recentemente ocorrido.

A indivídua em questão compareceu ao evento com seu namorado; Era a primeira vez que se reunia com os demais convidados, que se encontram sempre, tanto profissional quanto o chopinho de fim de expediente; Ou seja, tratava-se, praticamente de seu debut naquele grupo.

Resumindo, a indivídua se limitou a ficar calada a noite inteira, recusando-se terminantemente a manter qualquer contato verbal ou ocular com os demais presentes... Limitava-se a trocar poucas palavras e olhares apenas com o namorado; E claro; a obedecer seus comandos... Sim, o moço (certamente inspirado pela postura subserviente da indivídua) passou a noite dizendo frases do tipo "põe mais vinho pra mim?", "alcança a garrafa, para eu ver o rótulo?"... Até que, diante de sua taça vazia, dando uma de joana sem braço perguntei: "você quer que eu ponha tua taça sobre essa mesa?" E ele, calmamente, respondeu "não, pode deixar, a fulana segura ela para mim"... Nesse exato momento, como um raio rasgando o céu da minha mente pensei: "eis a mulher porta-copos".

Foi inevitável, a partir daí, tentar extrair do semblante e comportamento da indivídua traços que pudessem fazer dela um tipo a ser dissecado antropologicamente(confesso que minha imaginação pra lá de fértil me fez chegar a tantaaaaaaas conclusões e tantos questionamentos).

Perguntei-me, o que faz uma mulher de quase 30 anos, com formação superior, bem colocada no mercado de trabalho e razoavelmente bonita, comportar-se como um objeto inanimado? Porque é assim que age essa indivídua em particular e tantas outras que poderiam ser consideradas suas irmãs de FILO, ORDEM ou REINO (sei lá: biologia nunca foi meu forte) anularem-se completamente, amoldando-se ao formato do homem que se digna a lhes dar um título (mulher, amante, namorada, noiva, amiga colorida, enfim), porque não conseguem acreditar verdadeiramente na possibilidade de sobreviver (e com muita dignidade) a uma vida com satisfação pessoal que depende somente dela mesma...Assim, acabam esquecendo o que realmente pensam, de quem realmente gostam, e principalmente...Quais são suas prioridades.

Mulheres porta-copos não vivem de verdade; ou se vivem, sua existência pode ser dividida em duas fases: A.C. (antes do compromisso) e D.C. (depois do compromisso).

Na primeira fase, elas estão se preparando para encontrar alguém (umas até fingem que têm interesses próprios), cursam faculdades tradicionais, estudam inglês, viajam para lugares exóticos, adquirem hobbies interessantes...Enfim, realmente parecem gostar de sua própria existência...Mas, aí, acontece o marco histórico; conhecem um alguém que se dispõem ao sacrifício de um compromisso...Começa, então, a segunda fase de sua existência...Nela, a mulher porta-copos abre mão de todos os seus interesses individuais; Deixam de trabalhar (se isso for possível); E, um a um, abrem mão de seus valores (se é que algum dia realmente os teve), porque qualquer remota possibilidade de conflito entre eles e o ser amado é um problema grande demais para equacionar... Pouco a pouco, perdem sua identidade...
Não raro, deixam de saber o que querem e quem são, para somente refletirem o rosto do outro.

Acredito que relacionamentos com mulheres porta-copos são vazios (claro que no início, alguns homens até acham interessante estar do lado de alguém tão flexível), mas, uma hora ou outra, percebem que a flexibilidade é sinônimo de falta de conteúdo...A mulher porta-copos geralmente se anula, esquecendo que todo romance é uma história de duas pessoas e, quando uma delas se anula, passa a ser uma história de uma pessoa só (em todos os sentidos).

A vida das mulheres porta-copos não é fácil, mas, apesar disso, tem uma grande utilidade social... Via de regra, são elas que, inconscientemente, ensinam aos homens o que procurarem na segunda mulher...

Possuir "Vida Própria"!!!


Nota:


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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

" Eu Acho Que..."

Todos conhecemos aquele blá-blá-blá sobre como a sociedade de hoje vive de aparências, em todos os sentidos... Estamos habituados a dizer que, nas mais diversas relações sociais, são aceitos os que se vestem melhor, os que possuem um carro novinho ou importado, os que parecem mais seguros e competentes, os magros, os belos e os sarados.
Enfim, juízos de valores rápidos (e que, por isso, oferecem menor margem de confiabilidade) para atender às necessidades desta nossa sociedade fast food.

Natural, então, que para atender melhor a essas necessidades, tantas pessoas façam adesão irrestrita à abominável política do "achismo". Para entender o que seja, basta pensar naquela aula na Pós ou reuniões de trabalho, depois que passa a parte expositiva.
O interlocutor abre espaço para o debate e o primeiro mala que levanta a mão para falar, dispara um "acho que...", que nada tem de modéstia intelectual, mas, sim, de farsa. Ao dizer que "acha", o mala está, na verdade, afirmando que jamais se deu ao trabalho de ler a respeito do assunto (ainda que exista vasta bibliografia e pesquisa a respeito), mas, ainda assim, quer participar da discussão, para não perder a chance de parecer preparado.

Em outras situações inocentes (acontecidas com qualquer um de nós), também percebemos bem do que se trata o "achismo". Façamos uma viagem mental até a última reunião de família, em que aquela tia mega-pentelha resolve fazer uma consulta, para saber a doença do primo da vizinha ou, então, perguntar quanto tempo vai demorar o processo da melhor amiga da neta. Por amor aos laços familiares (no meu caso minha doce mãe), engole o "que saco", olha para a cara da famigerada tia e já engata um "eu acho..." (leia-se: eu até tenho conhecimento técnico que me permitiria dar uma opinião mais precisa sobre o seu "causo", mas, sinceramente, não sinto que devo alimentar a sua falta de semancol para sempre, portanto, vai essa opiniãozinha merreca).

O que todas as manifestação de "achismo" parecem ter em comum é a absoluta falta de comprometimento do indivíduo com o conhecimento em si sobre uma determinada questão. Quem "acha", infelizmente, tem opinião sobre a qual não podemos nos confiar para nada. Quem "acha" desistiu do compromisso de aprender e repassar o que sabe.
Quem "acha" prefere parecer que sabe tudo, em vez de apostar no saber um pouco.

E o que é pior? Descobrir que, às vezes, quem somente "acha" tem tão mais atenção do que mereceria, por ser apenas uma embalagem sem conteúdo...

Nota: Uma hora ou outra, todos nos vemos na condição de dizer alguma coisa com base na política do "achismo". Mas, é recomendado o uso comedido desse recurso retórico, sob pena de ficarmos com aquela imagem (nada bonita) de enrolões, ou, pior ainda, pegar o apelido de "All About Nothing".

Que todos tenham uma excelente semana...