segunda-feira, 31 de março de 2008

Então...

Eu: - O problema sou eu! Como é que eu não pensei nisso antes?!

Voz dentro da minha cabeça*: - Pensou.

Eu: - Pensei?

Voz dentro da minha cabeça:- Claro. Você sempre pensa primeiro que o problema é você.

Eu: - Ah, é.

Voz dentro da minha cabeça:- E concluíu que não era.

Eu: - Ah, não?

Voz dentro da minha cabeça: - Não.

Eu: - Ah, ta; Então ta!

sábado, 29 de março de 2008

Você conheceu uma mocinha, uma mocinha muito interessantezinha, muito linda, muito fofa, muito gostosa, muito querida, muito tudo (na casa de amigos, num bar, pela internet, no supermercado, na fila do banco, na academia, etc.), achou que ia dar pé, que ia rolar, que tinha tudo pra dar certo, então a convida para sair...E vocês saem...Pra jantar, ir ao cinema, tomar um café, um chope, um passeio qualquer... E se conhecem... E você conclui que, bem, não era nada daquilo que você estava pensando; Não rolou, não teve química, não houve empatia, não pintou clima, não nada...Nada de nada...

A menos que ela seja uma completa vaca e tenha sido grosseira, mal educada, tenha lhe ofendido pessoalmente, ou tenha lhe agredido fisicamente, no dia seguinte, é questão primária de elegância mandar um mail ou um torpedo dizendo que foi legal se conhecerem.
Ponto. Isso. Só isso..."Oi. Obrigado pela companhia. Foi legal te conhecer. Um beijo."

Só isso... Não dói, não mata, não causa doenças crônicas, não transmite DST... Pura e simplesmente uma questão de educação... Se rolou alguma coisa (beijo, abraço, pegação, sexo ou afins) então, nem se fala; ainda que a intenção seja não vê-la novamente nem pintada de verde amarelo com a bandeira da Mangueira na mão, ter este gesto simplório e mínimo de consideração é obrigação indiscutível.

O que você ganha com isso? Simples: não ser considerado um imbecil.


Nota: Post dedicado à um querido amigo, que ligou pra mim para contar sobre saída, mas não ligou para ELA...


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A minha dúvida permanece...

Se o dossiê feito pela Dilma e sua mulher de confiança contém detalhamento dos gastos através de cartão corporativo realizados pelo ex-presidente Fernando Henrique e de sua esposa e eles, de livre e espontânea vontade, abriram mão do sigilo e até pediram para que fosse feito um levantamento desses gastos; Eu pergunto: Qual a função do dossiê?
Porque o estardalhaço? Ou esse escândalo vai ser levado adiante até que se perca o foco da CPMI dos Cartões?

terça-feira, 25 de março de 2008

O demônio entre nós


Não consigo imaginar o que leva uma mulher cometer tal barbárie a uma criança de 12 anos, por ela somente existir...Aliás não dá nem para imaginar a omissão da mãe ou dos familiares que não “perceberam=$” tamanha crueldade...

Não consigo imaginar que nos dias de hoje ainda queimam mendigos por eles somente existirem...

Não consigo imaginar que pessoas sejam espancadas somente por opção sexual ou credo religioso...

Não consigo conceber que um país e uma cultura inteira estão sendo dizimados...

Não consigo imaginar que ainda existam pessoas que assistam a tudo isto e fiquem calados...

Não consigo pensar em uma pena suficientemente boa para punir o responsável - ou responsáveis - pelo assassinato de 8 animais de estimação próximo as imediações daqui de casa...

Só espero que não apresentem uma justificativa do tipo "insanidade mental"...Malucos não conseguem arquitetar algo tão premeditado...

E, por favor; me poupem dos comments politicamente corretos...

Eu falo “demônio”, "maluco", "manicômio", "Fora Lula", "cambada de ladrões", "mentiroso" e "Tibet Livre" sim...e daí?

quinta-feira, 20 de março de 2008

Infantil & Adulta...Ou Vice-Versa!

A vida adulta me trouxe um presente inestimável: auto-aceitação... Durante tantíssimo tempo, briguei com aquelas características de mim mesma que odiava; Especialmente aquelas que refletiam em mim um tantão dos meus pais... Achava injusto herdar traços de personalidade sem poder escolher.

Porque uma vida feliz/saudável/tranqüila e cheia de paz pressupõe mais compreensão e carinho do que autocrítica e paulada... E porque, simplesmente, tem coisas que não conseguimos mudar - nem em nós mesmos nem nas outras pessoas... E isto não importa o quanto queiramos.

Aí vem a maturidade para nos tornar mais “tolerantes”... Tem efeito sanador, por causar alívio imediato... Com o tempo, conseguimos até perceber que pode ser bem charmoso aquele ladinho nosso contra o qual lutamos a vida inteira: Inconstância, mau-humor, alguma desorganização, excesso de disciplina... A importância desses pedacinhos de nós vai depender de como os encaramos... E, quando os aceitamos, parece que transmitimos uma mensagem subliminar para o mundo... E ele passa a aceitá-los também.

É claro que demora aprender todas essas coisas... Enquanto não rola, batemos a cabeça tantas vezes que quase a fraturamos.

Algumas pessoas de sorte demoram menos tempo para colocar tudo isso em prática... Mas uma hora ou outra acontece...

E você pode se pegar dizendo para alguém, que ainda insiste em querer que você poderia ser um tanto quanto diferente...

- Sim! Eu sei que estou sendo infantil, mas essa SOU EU, com aquela cara de amo muito tudo isso.


Eu acho que vi um coelhinho...



Legenda do ovo: Amor aos Pedaços - Chocolate Branco e Cockies

segunda-feira, 17 de março de 2008

Entendendo... Você acorda muito, muito cedo, porque tem aproximadamente 75 milhões de pendências antes de embarcar para mais uma viagem às 8 da manhã...

Liga o rádio para ouvir as notícias, força do hábito ...Escuta um debate que a tal da putzzinha do governador de NY recebia coisa de 5 mil dólares (?!?!?!) por "programa"...

Pensa na duração de um "programa"...

Pensa no que você tem que fazer para, com seu trabalho, arrecadar os mesmos cinquinho...

Pensa no seu passaporte, com o visto em dia...

Pensa em uma passagem para NY...

E sente uma tentação...

Ah Fala Sério!

sábado, 15 de março de 2008

Os Três Porquinhos...

Sempre que estou em frente ao micro... Olho em direção as letras e as palavras... Palavras estas que tomam formas de pretensos colóquios...Algumas prosas, algumas poesias e muitas histórias de dias de alegria fugaz...Ora de tristezas sentida... Mas, sua poesia não é propriamente de tristeza... Há um não sei o quê de serenidade, de vivacidade e algumas de resignação...

Curiosa que sou; tenho muitas vezes vontade de perguntar-lhe quando brinca de “Quem sou eu? Onde Estou? Por que minha foto não está junto com a de vocês? Imagino nosso diálogo de devaneios...

- Você esta viajando?

- Sim, estou viajando e esta é uma viagem solitária.

- Vai para longe?

- Muito longe... Depois do horizonte...Onde nascem os sonhos...Onde nasce a Poesia...

- Mas, então, você tem pressa de chegar?

-Ás vezes sim outras não...

- Desculpe-me, mas como? Sentada aí fitando uma tela?

- Há muitos caminhos que passam pela mesma estrada, estrada esta que pode muito bem ser uma tela...Sabe Tâ hoje percebo que, quanto mais rápido me movo em direção ao horizonte, mais longe ele fica de mim.

- E agora? O que mudou?

- Nada, somente compreendi que a viagem é sempre longa... Não importa a velocidade e forma com que nos movemos...Na maioria das vezes é preciso esperar para andar mais depressa.

- Eu já te disse que quando crescer quero ter a sua sensibilidade?
Mas mudemos de assunto, que tal você contar a história dos três porquinhos...

Este diálogo-devaneio foi imaginado pelas diversas conversas no msn com minha amiga Dora Vilela, que em seus escritos nos faz sentir palpitações por toda a pele...

"...a hora se despe,
a lua adormece,
o corpo amortece,
as mãos envelhecem,
a boca se torce,
o viver se entorpece..."



"A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas."
(Carlos Drummond de Andrade)



terça-feira, 11 de março de 2008

Elas...Somente Elas...

Pelas minhas contas, minhas tias devem ter gasto, com guias espirituais (videntes, mães-de-santo, sortistas, cartomantes e afins), mais do que eu todos os filhos no McDonald's (e olhe que a gente é fã número 1 do Cheddar), durante uma vida inteira...

Pelo menos uma vez ao mês, eventualmente, com menos freqüência em algum período mais atribulado, elas chegam para o café da tarde com aqueles risinhos misteriosos, olhando para nós como se soubesse de coisas que não poderíamos nem mesmo pensar...
E fazem altas reuniões, para desvendar os mistérios, contando para cada um a última versão quentinha do seu próprio destino, saída do forno há pouquíssimo tempo.

Eu, por exemplo, segundo minhas tias, já tive a oportunidade de conviver com as seguintes expectativas amorosas:

1) casar com um médico 10 anos mais velho, quando eu tinha apenas 13 anos de idade...Agora imaginem que até os 25, jamais uma consulta teve o mesmo significado... E o pior; não conseguia marcar consultas com médicAs, afinal de contas, não queria burlar a chance de garantir um excelente partido na minha vida!;

2) ir morar fora do paí depois de casar, preciso dizer que essa é uma previsão que se repete,... Todas as setas cósmicas apontam neste sentido, até então... As possibilidades são infinitas: pode rolar um príncipe árabe que me veja no aeroporto e decida que não sirvo mais para viver no Brasil, ganhando em reais; pode acontecer de eu pegar um cara tão medonho que precise ir morar em outro lugar, para não pagar mico perante as amigas menos chegadas, etc...posso ser raptada...enfim...;

3) me envolver com um cara loiro mais velho, que iria me engravidar e ser um canalha, na pior acepção do termo, comigo (essa foi braba... estive afim, na época da faculdade, de um cara assim e, durante algum tempo, fiquei dividida entre a vontade de me envolver com ele e o medo de as previsões darem certo)...

4) casar com um cara mais velho e do meio jurídico, que já está de olho em mim há algum tempo; essa é punk...Pois o único cara mais velho do meio jurídico com o qual já me relacionei socialmente é um amigo queridíssimo da família, que se divorciou e começou a namorar meninas duas gerações mais novas do que a minha, ou seja, trata-se de uma opção matematicamente impossível...


Em cada fase da minha vida, vivi com essas carinhosas possibilidades e tantas outras que esqueci ao longo do tempo... Para minhas queridas tias a vida real, a busca, a luta, as dores de cotovelo, os encontros e desencontros e a luta pelo meu espaço era e é somente o plano B...

Como elas mesmas dizem é preciso acreditar e ter fé;

Afinal os Astros não mentem jamais...

Ps.: Minha mãe possui nada mais e nada menos do que seis irmãs, sim isto mesmo seis...Dá pra imaginar todos os tipos de lembranças que povoam minha própria história.

sexta-feira, 7 de março de 2008

E por que amanhã é 8 de Março...

Ela é forte como um tanque de guerra e frágil como uma taça de licor em cristal... Marcha imponente diante de uma multidão ensandecida; e muitas vezes claudicam em becos escuros por onde tem de passar de vez em quando... Cai e levanta tantas vezes que alguns ficariam tontos só de tentar contar... Ama com intensidade avassaladora e odeia num simples olhar...Deseja e despreza em fração desegundos...Bate e sopra, para muitas vezes somente confundir.

Ela é 100.000 vezes forte, mas chora em silêncio com medo...
Acredita num futuro de conquistas...
E, em algum momentos vive cada dia como se fosse o último...

Ela é feita de falta de fôlego e longos suspiros... Ama ser abraçada, mas somente consegue se sentir verdadeiramente bem, nàs vezes, em que se encontra sozinha...Dá gargalhadas fingidas e chora silenciosamente lágrimas sentidas... Tem uma estrutura de ferro, muitas vezes preenchidas de calda de caramelo quente.

Ela é incisiva e cortante; e doce e quente... Exterioriza coragem o tempo todo, mas em certos momentos é só medo...

Ela é tantas e apenas uma.

Ela é ela.
Ela sou eu.
Ela é você.

Sendo somente o que precisa ser...Mulher.







Essa Mulher (Joyce) - Por Maria Rita
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz assim, feliz
De tardezinha essas menina se namoraSe enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.

terça-feira, 4 de março de 2008

Os Nós do Tempo

O tempo é engraçado... Parece uma grande sucessão de salões de bailes em que vamos entrando e saindo, dançando ao som de músicas diferentes, com parceiros diferentes, desejos diferentes...

Com o tempo, os momentos de fúria devastadora acabam se transformando num cansaço profundo que se expressa no primeiro suspiro da manhã...De uma hora para outra, aquele alguém que não tinha menor importância pode fazer um dia lindo, ou péssimo...

Os maiores amores de nossas vidas podem virar verdadeiros estranhos, para quem olhamos pensando "ainda bem que o tempo passa"...
A saudade de alguém que não faz mais parte de nossa vida se transforma em resignação que se expressa no último suspiro da noite...
As alegrias parecem banais; as pequenas dores, grandes desconfortos... E, as grandes dores, verdadeiras companheiras.

O tempo, além de reconhecidamente cicatrizante, anda por aí com varinha de condão na mão, nos desafiando a duvidar de sua capacidade de mudança...
Somente o tempo pode explicar por que aquele nome on-line, no MSN, em plena madrugada, não faz mais o coração parar para começar bater de novo... E, certamente, somente ele justifica as lágrimas de emoção que surgem nos olhos, quando chega uma mensagem daquele novo alguém...
Acreditar no tempo é confiar que o melhor sempre acontece. A ambição desmedida pode parecer tão vazia...E a paz de espírito pode se revelar o maior prêmio.
Acreditar no tempo é perceber que, tantas vezes, não vamos chegar lá. E, isso não significa demérito ou insucesso; Afinal o tempo também ensina que certos preços não podem ser pagos...

O tempo também faz doer...Nos faz olhar para trás, pensando para onde foram aqueles anos, em que fizemos aquelas escolhas com as quais temos de viver até hoje...
O tempo diz verdades que precisamos de tempo para encarar: o alguém que não nos merecia, o amigo que não era amigo, a oportunidade que nunca existiu, o objetivo inalcançável...Ou aquelas brigas que não valem a pena.

Ai do tempo tão sincero que tanta dor revela... Mas, também traz alegria... Pois certas coisas nem ele consegue mudar; Ou sim!

Mas uma coisa aprendemos a valorizar somente com o tempo...
O amor verdadeiro, o carinho por um amigo querido, a vontade de continuar caminhando em direção a um horizonte sem fim...

Já dizia Cazuza que o Tempo não para...


Post dedicado à minha amiga Shi...com quem adoro passar muito TEMPO.
beijão Manazinha.