sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Acertando As Contas Com Papai Noel

Dezembro não é fácil, uma sensação de euforia permanente...
Sempre tenho a impressão que as pessoas se escondem de costas, olhando vitrines e dando as costas pra este Dezembro melancólico e bonito que teima em ter 31 dias (por que não troca com fevereiro?!)...
Dezembro é mês de trânsito enlouquecido, de tempo voando, de providências urgentes...
Dezembro é época de subir numa escada, morrendo de medo da altura, para encontrar os enfeites da árvore de natal no maleiro do armário; de enfeitar as portas com guirlandas e a varanda com luzinhas piscantes...
Dezembro é mês de presentes, brinquedos e comidas...

Acredito que Dezembro poderia ser bem mais que o 13º, que amigos secretos, festas de empresas, que roupas e pares de sapatos pra combinarem, que laços de fita, brinquedos e a enorme roupa de cetim vermelho amarrada com um cintão preto, acompanhada de uma risada engraçada e acolhedora...Ho Ho Ho ! Nada contra o bom velhinho, adoro!
Afinal, para as crianças, dezembro é mês de Papai Noel...

Em algum momento da minha infância acreditei "no" Papai Noel e em todos os seus acessórios lendários: renas que puxavam um trenó que voava pelos ares, duendes, uma casinha no Pólo Norte, muita neve, ajudantes ou duendes, fábrica de brinquedos, etc...Esse Papai Noel da minha imaginação era onisciente e se encarregava, ele próprio, de produzir e distribuir os presentes de todas as crianças do mundo...

Não sei bem em que fase da minha vida deixei de acreditar em Papai Noel, mas garanto: foi um tremendo alívio!
Imaginar que não tinha sido boazinha era torturante... Tentava lembrar as coisas que tinha feito para descobrir o que poderia ser pior do que o comportamento horrível de quem, no dia 26, levava para a rua uma bicicleta novinha... Quando me dei conta de que os presentes que ganhava eram comprados pelos meus pais, eles passaram a ter um valor muito maior... Não tinham a ver com merecimento, e sim com possibilidade financeira... Cá entre nós, não poder por questões práticas, ter algo que se mereça é bastante compreensível... Difícil era ter a idéia de não merecer algo que seria plenamente possível para um cara que tinha a sua própria fábrica de brinquedos...

Enfim, tanta confusão neste país ainda insustentável, que a vida do bom velhinho está mais do que atribulada para atender todos os pedidos... Aposto que ele anda mandando currículos e fazendo entrevistas em consultorias de recolocação, pleiteando vagas já preenchidas...

Na última, foi desclassificado por não ter os olhos vermelhos, orelhas grandes e o pêlo branquinho.




Desejo à Todos Boas Festas...Até 2008!!!




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