sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

"Ridículo" é uma palavra comum, empregada diversas vezes no dia-a-dia; Pensando bem podemos dizer que o ridículo faz parte do nosso cotidiano...Ainda mais neste país...

Mas "ridículo" tem sinônimos (ou quase) mais elegantes, tais como o equivalente “risível” e o agressivo "grotesco" que são bem menos aplicados em situações ditas normais... É isso o que é de vez em quando: grotesco. Sem aspas nem nada, porque elas, aqui, tinham apenas a função de destacar uma palavra das outras, metalinguagem. Não sendo isso, é risível mesmo...

E há circunstâncias em que a sensação do ridículo passa discreta como um elefante trajando roupa laranja pela nossa frente...

Sentir-se ridículo ás vezes embrulha o estômago, de vergonha ou ansiedade. Sendo que este embrulhar pode ser de forma discreta (mas deliciosa) alegria... Sentir-se ridículo pode dar raiva também; Constrangimento ou trazer algum dano íntimo momentâneo moral... Muitas vezes sentimos vontade de chorar por ter sido tão ridículo...E percebam, que o tão geralmente entra quando a vaca foi mesmo pro brejo...Que ridícula...A vaca é claro!

Fernando Pessoa, que mais elegante talvez não haja na escrita, falava no ridículo. Chamava as cartas de ridículas, quando eram cartas de amor... Ridículas.

Mas quem nunca foi ridículo? Atire a primeira pedra quem não passou pelo ridículo...

É risível achar que a elegância dura o tempo todo... Seja lá onde for.

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