sexta-feira, 7 de março de 2008

E por que amanhã é 8 de Março...

Ela é forte como um tanque de guerra e frágil como uma taça de licor em cristal... Marcha imponente diante de uma multidão ensandecida; e muitas vezes claudicam em becos escuros por onde tem de passar de vez em quando... Cai e levanta tantas vezes que alguns ficariam tontos só de tentar contar... Ama com intensidade avassaladora e odeia num simples olhar...Deseja e despreza em fração desegundos...Bate e sopra, para muitas vezes somente confundir.

Ela é 100.000 vezes forte, mas chora em silêncio com medo...
Acredita num futuro de conquistas...
E, em algum momentos vive cada dia como se fosse o último...

Ela é feita de falta de fôlego e longos suspiros... Ama ser abraçada, mas somente consegue se sentir verdadeiramente bem, nàs vezes, em que se encontra sozinha...Dá gargalhadas fingidas e chora silenciosamente lágrimas sentidas... Tem uma estrutura de ferro, muitas vezes preenchidas de calda de caramelo quente.

Ela é incisiva e cortante; e doce e quente... Exterioriza coragem o tempo todo, mas em certos momentos é só medo...

Ela é tantas e apenas uma.

Ela é ela.
Ela sou eu.
Ela é você.

Sendo somente o que precisa ser...Mulher.







Essa Mulher (Joyce) - Por Maria Rita
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz assim, feliz
De tardezinha essas menina se namoraSe enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.

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