domingo, 20 de abril de 2008

Falando de Cinema...De Novo !!!

Todos que me conhecem sabem que sou apaixonada por cinema, e que tenho nos antigos clássicos um que de predileção. Não que eu não goste de filmes atuais, acho lamentável sim que com toda modernidade minha lista de filmes inesquecíveis não tenha de alguma forma aumetado de maneira significativa; O último a adentrar nesta lista é o fantástico La Vie En Rose (que nào sei por que cargas d'água recebeu o nome de um Hino de Amor)...Mas enfim...O que acho triste é que em dias como hoje, chuvinha gostosa, pipoca prontinha para ser estourada, um pote de sorvete no congelador acabo recorendo aos antigos em busca de diversão...

"Quanto Mais Quente Melhor" (Some Like it Hot, EUA, 1959) é um destes filmes...Alem de desfrutar na história do cinema como uma das melhores comédias produzidas; Ok para muitos este título é muito fácil de ser contestado, por isso não existe o menor sentido em entrar no mérito da discussão...

Pode-se afirmar, contudo, que é um dos filmes mais memoráveis de Billy Wilder, um dos cineastas mais brilhantes que já filmaram em Hollywood e dono de uma carreira repleta de obras-primas (“Se Meu Apartamento Falasse”, “Pacto de Sangue”). Isso não é pouco;“Quanto Mais Quente Melhor” é, na verdade, muito mais do que um filme, mas um marco na história do cinema... Muita gente que sequer assistiu ao longa já ouviu falar em Sugar Kane (roqueiros sabem que é o título de uma grande canção do Sonic Youth). Estamos falando de um dos personagens mais esfuziantes de Marilyn Monroe, então no auge da carreira...Ela interpreta uma doce cantora de cabaré com um fraco por uísque, que se apaixona por uma colega de banda. Hã?! Calma...

Na verdade, a paixão de Marilyn é uma grande armação montada por Joe (Tony Curtis), um saxofonista que assistiu a um assassinato cometido por mafiosos em Chicago, junto com o baixista e amigo Jerry (Jack Lemmon).Procurando fugir da perseguição dos mafiosos, eles arrumam emprego como músicos de uma banda em turnê para Miami. Detalhe: trata-se de um grupo de garotas, o que os obriga a se vestirem de mulheres... A partir dessa premissa, Billy Wilder constrói uma comédia adorável: amalucada sem ser pastelão, ferina sem ser vulgar, com ritmo e atuações impecáveis. Filmes como “Quanto Mais Quente Melhor”, que desafiavam a censura com criatividade, foram diretamente responsáveis pela derrubada de vários tabus no cinema norte-americano.

Se Marilyn se torna Sugar Kane, Tony Curtis faz o tipo galã com perfeição e encarna Josephine com charme...Mas é a performance de Jack Lemmon que ganha os maiores louros do filme... Daphne, a personalidade feminina que ele assume para tocar na banda, atrai os olhares de um rico comerciante de Miami, Osgood (Joe E. Brown), com quem passa a flertar nas melhores cenas do filme. O final de “Quanto Mais Quente Melhor” reúne os dois num barquinho e contém um dos diálogos mais famosos do cinema, que coroa um filme encantador.


Aconchegue-se, pegue uma almofada e puxe o edredon...






Aceitam uma pipoca?

Bom Domingo Pessoal!

Ps.: Não é corrente...Mas eu gostaria muito que vocês deixassem na caixa de comentários o nome de 3 a 5 filmes favoritos.


Curiosidade: Em 1959, homossexualismo não podia ser mostrado nas telas do cinema, uma vez que o Código Hayes – um documento, assinado por todos os grandes estúdios, que estabelecia regras daquilo que podia ou não ser mostrado nos filmes de Hollywood – ainda existia.

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