quarta-feira, 29 de abril de 2009

Arte, vida e cachorros...


Sei não...

"Comédias românticas prejudicam vida afetiva, diz estudo.
Pesquisa mostra que filmes apresentam situações idealizadas e criam expectativas pouco realistas sobre o amor" - Estadão


Ao que parece (não dá pra ter uma idéia muito boa dos reais resultados de uma pesquisa lendo vinte e poucas linhas) o "grande problema" das comédias românticas é muito menos a idéia de que a gente pode achar um grande amor e se apaixonar loucamente (isso realmente acontece) e muito mais a idéia de que depois disso há um happy end after pelo simples fato de que aquela ali é a sua alma gêmea.

Amar e ser amado requer disposição e trabalheira; De se mostrar e de enxergar o outro, de viabilizar, construir, consertar e concertar, lutar e querer muito...Depois da paixão e dos sparkling diamonds, depois de correr ao aeroporto e evitar que ele vá embora pra sempre, depois de ir a Boston e dizer sim eu aceito, depois que a parte hollywwodiana termina, começa o nosso belo filme real.

E a parte hollywoodiana existe? Existe... Tenho eu aqui minha cota de situações encantadoras e que dariam um ótimo seriado da Fox, ou da Sony, ou ainda um filme com a Ashley Judd ou com a Diane Lane - por causa do filme Procura-se um Amor que Goste de Cachorros (Must Love Dogs)...Aliás escolher Audrey seria pedir demais? Ok.

O problema é que não deu material para a segunda temporada, nem para a seqüência do filme de grande bilheteria: o roteiro seguinte é de filme europeu daqueles de pensar, com gente de verdade, cheia de defeitos e medos e carências, que faz merda e se magoa, magoa os outros e tenta acertar...



E esses, cá entre nós, sabemos muito bem que nem todo mundo curte com sorriso no rosto e combo de pipoca na mão.

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