Esse negócio de que na pressão todo mundo se apruma, faz o dever de casa, vive intensamente cada momento, aproveita cada nanocentímetro de vida, enxerga a beleza incomensurável em cada detalhe, dá valor às ordinariedades, aprende a amar o seu semelhante, o seu diferente, o seu conflitante e quem mais vier, porque a festa é sua, a festa é nossa, sinceramente, é um pé no saco...
E cá entre nós, ninguém aguenta viver assim mais do que uma semana.
Quero viver como se houvesse amanhã, sim, senhor... Como se houvesse amanhã e depois de amanhã e depois de depois de amanhã... Não para deixar de viver, mas para viver com a calma e o gozo que cada momento merece, sem pressa, sem sobressalto; Quero o amanhã para viver e reviver as coisas que construimos ontem, hoje, tudo que desejamos e sonhamos e que vai sendo elaborado devagar e que se hoje ainda não está perfeito, não faz mal, amanhã ou depois estará, se não desistirmos achando que pode não haver tempo hábil; Quero viver como se houvesse amanhã porque viver sabendo que amanhã existe nos apascenta, nos acolhe, nos abriga, nos protege, nos tranquiliza e nos redime e nos possibilita perceber e consertar - ou não - os erros de hoje.
Vivamos então todos como se houvesse amanhã, portanto... Que tenhamos coragem para isso, que tenhamos sempre força para encarar o fato de que continuaremos todos aqui, e depois e depois, colhendo os frutos de hoje, semeando de novo, apreciando o reflorescer da vida, todos os dias...
E todos os amanhãs.

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