segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bife a milanesa, batatas fritas, arroz a grega e salada de rúcula com alho frito no azeite

Quem me conhece bem, talvez já saiba o tema deste texto... Para quem ainda não sacou, contextualizarei; Bife a milanesa, batatas fritas, arroz a grega e salada de rúcula com alho frito no azeite, em minha opinião, são os acompanhamentos perfeitos em se tratando de... crianças.

(óóóóóóóóó)

Eu-não-gosto-de-crianças-pronto-falei. Pelo menos, da maioria delas.
Como adultos responsáveis, por favor, evitem deixá-las correndo, gritando, chorando ou fazendo tolice perto de mim; Não que eu as maltrate, nem tampouco seja capaz de jogar alguma pela janela... Mas o seguro morreu de velho...

Brincadeiras e exageros à parte, por mais que isso choque a grande maioria das pessoas que ouvem (ou lêem) uma declaração desse nível, crianças são encantadoras (dormindo ou indo embora). E em alguns casos raros, quando bem criadas.

Não se enganem; eu daria o fígado para ter uma filha como a Clarice, minha única sobrinha: Educada, gentil, inteligente... Espertíssima. Ao pedir para que meu irmão colocasse o controle do videogame em sua mão direita, ouviu dele que iria amarrar o controle em seu pé... A resposta veio rápida e rasteira: “Tudo bem, mas amarra no pé direito!”.

Fora essa... Hum... Deixa eu pensar... É... Acho que só essa.

Ah, e tenho quase certeza que serei uma tia ou vó (sei lá como dizem o futuro a Deus pertence) “bacanésima” para meus futuros novos sobrinhos, de sangue e postiços...Sabe a tia-avó descolada, meio pirada, para quem eles contarão sobre a primeira transa e com quem aprenderão tudo o que não presta? Eu.

Para o meu filho, porque o fato de eu não gostar de crianças em geral não apaga o fato que fui mãe algum dia, dei a mesma criação que recebi...Com direito a “Escovanildo” (meu amigo-palmatória) e tudo.

Dizem por aí que sempre fui uma criança muito bem educada, tirava notas boas, nunca fiquei em recuperação e um tanto quanto levada ás vezes, um tanto quanto precoce... Fiquei desse jeito depois de grande mesmo. Tcharam!!!

Agora digam a verdade, vocês ficaram chocados com minha declaração? Acham que fui incapaz de ser uma boa mãe? Já me disseram que “Um dia terei netos com todas as características que detesto”...Sei que este tipo de praga parte, na maioria dos casos, de outras mulheres...Indignadas com minha audácia... Talvez por uma imposição da sociedade, e até mesmo pela questão cultural do famoso “instinto materno”, toda mulher supostamente deve amar crianças...

Na boa, gente! Uma coisa é gostar da sobrinha, do irmão, do afilhado, do filho da amiga, e do próprio filho, é claro. Mas gostar de todas as crianças... Tipo, de qualquer criança... É ruim, hein!

Outro dia aconteceu numa partida de futsal, quando eu e Diego (meu irmão caçula; Sim tenho um irmão caçula) sentamos atrás de um rapaz acompanhado de dois meninos que gritavam, os três, para os jogadores delicadezas do tipo “viado”, “rabudo”, “cuzão”, “filhodaputa”, “corno”... Ahn? Onde esse mundo vai parar?

Minha opinião pode ser radical, e no futuro talvez eu mude completamente de idéia, mas eu acho que deveria existir uma lei (ou pelo menos um bom senso) que proibisse a entrada de crianças em aviões, supermercados, cinema fora do horário infantil, jogos de futebol de salão, casamentos (quando noturnos) e funerais.

Se bem que... Se formos analisar direito, mais inconvenientes que as crianças são os pais delas.

******************************


Texto dedicado à minha amiga Crys-Rô que ama de forma incondicional todas as crianças.

Ps.: Para o que já estão torcendo o nariz informo que há 10 anos sou voluntária na APAE. Uma de minhas tarefas: Contar histórias...A parte que eles mais gostam? Quando imito a bruxa...HAHAHAHAHAHAHA!!!

Nenhum comentário: