Pequenas confissões...

...Sem relevância

Às vezes, durmo sem lavar o rosto, tônico, o creme desentupidor de poros pra pele oleosa e o tal creme anti-rugas... O estranho é que, mesmo sem lavar o rosto e passar coisas, tenho a impressão de que a pele acorda melhor do que se tivesse lavado e passado coisas.
Provavelmente estou só me enganando para sentir-me menos culpada.

(é “para sentir-me' ou 'para me sentir”? agradeço.)
Eu até sabia português... Ás vezes penso que estou desaprendendo.

Não gosto quando não recebo o troco correto (podem ser centavinhos que irei esquecer dentro da bolsa depois)... Fico com a estranha sensação de que a pessoa que me dá o troco errado (sempre pra menos, é claro) ou pensa que sou burra e não sei contar ou acha que pode decidir sobre o meu dinheiro... A dona do dinheiro sou eu; portanto eu decido o destino dele e não a criatura que está sendo paga para cobrar de mim... Oras... Para vocês terem uma dimensão real das coisas (e não ficarem pensando que sou a versão feminina do Tio Patinhas) quase sempre arredondo para cima o troco miúdo do - pet-shop, corrida do táxi, cafezinho (almoço não pq uso VR, pensando bem ás vezes uso o VR no cafezinho), supermercado, gasolina, feira, baladas e afins (quando não uso cartão de débito)... Mas sou *eu* quem está fazendo isso, e não um terceiro...


Tenho um verdadeiro frenesi em comprar roupas de baixo (leia-se langerie e afins), meias e roupas de dormir (leia-se camisetes e calcinhas combinando)... Um dia, subitamente, compreendi o porquê: durante muito tempo da minha vida não tive quantidade ou qualidade suficientes de roupas íntimas, meias e roupas de dormir...Lembro de abominar, ABOMINAR as meias soquetes.
Explico: Estava crescendo muito rápido e muitas das calças que eu tinha para usar eram as "herdadas" de uma prima oito anos mais velha e, já naquela época, oito centímetros mais baixa, que fazia bainha na calça ou simplesmente tesourava e pronto. Resultado: ficava um pedaço da canela descoberto entre o fim da calça e o começo da meia... Mas não me importava de ter uma aparência bizarra com aquelas calças de pegar pinto.

O meu quarto é uma bagunça... Ele não está, ele *é*... Para que a meu quarto fique arrumado e confortável do jeito que quero que fique, terei que desenvolver um outro conceito de "meu quarto"... Desapego material não é NADA perto de desapegar dos conceitos que você decidiu que o definem; Desapego é um conceito bem do budismo (gosto do budismo por conta dessa idéia de desapego), uma coisa que na minha cabeça se processa meio como "larga tudo isso aí e vem!" E eu, ah, eu já me conheço o suficiente para saber que adooooro começar e largar as coisas...Mas já tenho consciência de que devo usar com prudência e consciência a idéia sedutora do largar; Na verdade, largar nunca é simplesmente largar e pronto... Não dá para sair largando tudo por aí a esmo... Taí o meu quarto não me deixa mentir: a bagunça é gerada pela minha paixão por sair largando tudo por aí, uma coisa "depois eu vejo"... Ando percebendo que isto atravanca a vida, tranca o fluxo natural das coisas; Sendo assim, procuro cada vez mais largar tudo no lugar certo, começando por botar o papelório inútil acumulado em aproximadamente uns oito anos no lixo (reciclável), inclusive revistas que assinava desde 2002, coleções completas (!) - a menina que recolhe o reciclável vai ficar felicíssima com esta revistaiada toda - e toda penca de coisas que acumulo é claro! Sou consciente de ser uma pessoa com tendência a acumular trecos (vejo caráter afetivo em cacarecos e inutilidades), o que é uma bobagem, porque o afeto está na pessoa e não na coisa... Let go... Literally.

Este post é um pout-pourri de devaneios insanos; porque, quem me lê há algum tempo sabe, ando escrevendo somente sobre volta ao passado, amor, apaixonar-me, apaixone-se por mim, dia que me ama, cenas do cotidianos ou futilidade pública... Estou com muita preguiça de escrever sobre futilidade pública e os assuntos rondando aqui dentro que poderiam render alguns posts interessantes...Mas...

Modos que resolvi fazer esse patchwork, pra não ficar tão pesado e começar bem o final de semana - que eu não terei (pois estou viajando a trabalho de novo), aproveite você o seu, finais de semana são como saúde, a gente só valoriza quando perde.

Mantenham-se saudáveis e fim-de-semaneiros, então.