segunda-feira, 28 de abril de 2008

Para Mim...

São Paulo, 28 de abril de 1991.

Oi Tâ!

Vou te chamar assim porque é assim que sua família e (pouquissímossss) amigos que te chamam agora. Estou escrevendo pra te dizer que este teu ex-namorado é um bolha mesmo, não ouça sua mãe quando diz que é uma pena você ter terminado com ele. ..Além disso, você vai descobrir que ele é um bolha mesmo em diversos outros aspectos para os quais tvocê ainda não tem parâmetro. Portanto, dê um delete e siga em frente.

Outra coisa: nada de dúvida; Vá mesmo fazer Marketing. Você vai adorar, não precisa ter medo... Siga escrevendo, muito, cada vez mais; Quando achar uma oportunidade de publicar, publique. Tudo de melhor na sua vida vai chegar através do que você escreve.

Muito importante: desista de controlar a sua família: mãe, filho e irmãos... Desista; Isso não é trabalho seu! Lembre-se: Você é FILHA, este não é o seu papel, certo? É o contrário. É, eles é que tem que fazer as coisas por e para você, eles é quem devem fiscalizar se você está fazendo tudo direitinho, é eles que devem dar incertas em você e não o contrário... Repita mil vezes...Chega de infernizar o pobre do Diego, ele só tem 6 anos; Pára já de mandar o coitado pro Inglês, Francês e Espanhol... Ele até gosta de línguas mas o negócio dele é basquete, e olha que ele joga bem... Se continuar infernizando o coitado vai ser muito mais fácil aproximar-se dele e muito mais cedo... Ele tem que te ver como irmã e amiga, não como a mãe disciplinadora...
De novo: este NÃO é o seu trabalho, táááá?

Que mais? Assim que der tenha um cão. Um não, muitos...Cães vão lhe fazer um bem à alma como poucas coisas que você vai ver no mundo...

Desencane com essa coisa de engorda-emagrece-engorda... É tudo ansiedade e frustração. Assim que você estruturar a sua vida, criar a sua rotina, na sua casa, isso vai deixr de ser algo tão difícil... Não são 5 quilos que vão determinar se você é bonita ou não, mas o mau humor que 5 quilos a menos traz vai lhe deixar péssima... Adote o estilo pin-up e desista definitivamente de ser magra.

Escolha as suas brigas, não dá pra brigar por tudo (cansa e desperdiça energia);veja o que vale a pena e manda ver...Pois você nem imagina o que aguarda este país.

Aproveite mais as viagens...
Abrace mais e permita mais que lhe abracem...
Amigos são raros e devem ser preservados, mas permita que eles façam mais por você...
Aliás aceite esta dica: Amizade é uma troca.

Trabalhe menos... Mas mudar de foco na carreira será sua declaração de liberdade...
Aceite se mudar para Fortaleza, quando você estiver lá poderá achar que foi o fim...
Mas ali será o começo...

Quando daqui a alguns anos você olhar em volta e perceber que não está mais feliz, pense em todas as possibilidades e nas impossibilidades também, mas acima de tudo, mantenha o compromisso de ser feliz, custe o que custar, doa em quem doer...
Tenha isso em mente: você não é incapaz de despertar sentimentos arrebatadores...
O problema NÃO é esse...

Se tiver que recomeçar tudo, do emprego à casa, se tiver que ficar muito só e muito triste, ou fazer uma monumental loucura, faça. Vai ser precisamente aí que você vai ser capaz de perceber quem você realmente é (e vai gostar MUITO do que vai ver)...Vai ser aí também que sua mãe e seus irmãos irão lhe proteger de verdade...
Vai valer a pena e vai dar tudo certo...

Ouça atentamente cada uma das histórias das Tias, faça todos os carinho nelas, diga mil vezes que as ama muito...

Quando der vontade de cortar o cabelo, corte, corte no OMBRO... Vai ficar infinitamente melhor; Sério... Infinitamente.

Não desista jamais de achar o seu grande amor... Ele existe, em algum lugar, e o mundo está dando voltas de maneira a vocês se acharem...Pode até demorar; mas tem muitas e muitas coisas pra viver e pra aprender antes. Lugares incríveis para conhecer, gente querida para estar... E um dia você vai olhar para o lado e enxergá-lo; e perceber que você não poderia estar em nenhum outro lugar no mundo que não ali, naquele momento, sorrindo cheia de estrelas nos olhos... E depois, nem mesmo quando levar isso adiante for tão difícil que pareça quase impossível, você não vai desistir, porque lá dentro, lá bem no fundo, apesar da distância, você vai estar dizendo pra mim:

"- Vai dar certo, eu prometo".

Tânia.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Parafusos...Porcas...Porcas e Parafusos...

Resolvi desparafusar a minha própria tampa da cachola para descobrir como funciono; E que, só de olhar, não deu para descobrir nada, motivo por que fui tirando as peças do lugar e tentando chegar a alguma conclusão, dedução e intuição...

Agora, tendo concluído nada, deduzido pouca coisa, intuído quase tudo e relacionado alguns itens equivocadamente uma porção de vezes, estou com a tampa solta e as peças todas espalhadas, sem saber o que colocar e onde...Aí, para não perder as pecinhas, achei melhor grudar tudo com durex, colocar dentro da caixola e prender a tampa provisoriamente...

Percebo que ao caminhar pelas ruelas da vida todas as peças estão chacoalhando, quase soltas; a não ser pelo providencial durex que evita que tudo se perca para sempre lá por dentro...Ocorreu-me um estranho pensamento: - será que os outros vão ouvir que minhas peças estão todas soltas????

Se não tudo bem; Se sim o que é que tem, serei somente mais uma com um, dois ou três parafusos soltos...E vou vivendo com tudo solto, motivo porque nada está funcionando - o mecanismo não funciona se não estiver montado - e sem saber se peço um manual de montagem ao cridor para tentar reproduzir a configuração anterior... Ou, se fico mais alguns meses, talvez anos, com as peças soltas...chacoalhando... E, ainda tentando saber quem faz o quê...

Onde Será que coloquei a peça dúvida???

Quem já desmontou motor de carro sabe que, ao remontar, sempre, eu disse SEMPRE sobra a braçadeira, porca e o parafuso (às vezes mais, às vezes menos)...Muitas vezes ninguém consegue descobrir de onde diabos é aquele monte de braçadeira, porca e parafuso e acaba colocando fora... Se tiver sorte, o máximo que vai acontecer é o ar condicionado não funcionar; Ou o radiador cair no meio da viagem... É por isso que irei deixar guardada todas as pecinhas presas em durex...

Embora, ultimamente, estar sentindo uma tentação absurda e quase comichomenta de jogar tudo, tudo, tudo, TUDO fora.

domingo, 20 de abril de 2008

Falando de Cinema...De Novo !!!

Todos que me conhecem sabem que sou apaixonada por cinema, e que tenho nos antigos clássicos um que de predileção. Não que eu não goste de filmes atuais, acho lamentável sim que com toda modernidade minha lista de filmes inesquecíveis não tenha de alguma forma aumetado de maneira significativa; O último a adentrar nesta lista é o fantástico La Vie En Rose (que nào sei por que cargas d'água recebeu o nome de um Hino de Amor)...Mas enfim...O que acho triste é que em dias como hoje, chuvinha gostosa, pipoca prontinha para ser estourada, um pote de sorvete no congelador acabo recorendo aos antigos em busca de diversão...

"Quanto Mais Quente Melhor" (Some Like it Hot, EUA, 1959) é um destes filmes...Alem de desfrutar na história do cinema como uma das melhores comédias produzidas; Ok para muitos este título é muito fácil de ser contestado, por isso não existe o menor sentido em entrar no mérito da discussão...

Pode-se afirmar, contudo, que é um dos filmes mais memoráveis de Billy Wilder, um dos cineastas mais brilhantes que já filmaram em Hollywood e dono de uma carreira repleta de obras-primas (“Se Meu Apartamento Falasse”, “Pacto de Sangue”). Isso não é pouco;“Quanto Mais Quente Melhor” é, na verdade, muito mais do que um filme, mas um marco na história do cinema... Muita gente que sequer assistiu ao longa já ouviu falar em Sugar Kane (roqueiros sabem que é o título de uma grande canção do Sonic Youth). Estamos falando de um dos personagens mais esfuziantes de Marilyn Monroe, então no auge da carreira...Ela interpreta uma doce cantora de cabaré com um fraco por uísque, que se apaixona por uma colega de banda. Hã?! Calma...

Na verdade, a paixão de Marilyn é uma grande armação montada por Joe (Tony Curtis), um saxofonista que assistiu a um assassinato cometido por mafiosos em Chicago, junto com o baixista e amigo Jerry (Jack Lemmon).Procurando fugir da perseguição dos mafiosos, eles arrumam emprego como músicos de uma banda em turnê para Miami. Detalhe: trata-se de um grupo de garotas, o que os obriga a se vestirem de mulheres... A partir dessa premissa, Billy Wilder constrói uma comédia adorável: amalucada sem ser pastelão, ferina sem ser vulgar, com ritmo e atuações impecáveis. Filmes como “Quanto Mais Quente Melhor”, que desafiavam a censura com criatividade, foram diretamente responsáveis pela derrubada de vários tabus no cinema norte-americano.

Se Marilyn se torna Sugar Kane, Tony Curtis faz o tipo galã com perfeição e encarna Josephine com charme...Mas é a performance de Jack Lemmon que ganha os maiores louros do filme... Daphne, a personalidade feminina que ele assume para tocar na banda, atrai os olhares de um rico comerciante de Miami, Osgood (Joe E. Brown), com quem passa a flertar nas melhores cenas do filme. O final de “Quanto Mais Quente Melhor” reúne os dois num barquinho e contém um dos diálogos mais famosos do cinema, que coroa um filme encantador.


Aconchegue-se, pegue uma almofada e puxe o edredon...






Aceitam uma pipoca?

Bom Domingo Pessoal!

Ps.: Não é corrente...Mas eu gostaria muito que vocês deixassem na caixa de comentários o nome de 3 a 5 filmes favoritos.


Curiosidade: Em 1959, homossexualismo não podia ser mostrado nas telas do cinema, uma vez que o Código Hayes – um documento, assinado por todos os grandes estúdios, que estabelecia regras daquilo que podia ou não ser mostrado nos filmes de Hollywood – ainda existia.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A Questão é Acreditar...

Simpatia, feitiço, mandinga. Eu não acredito nessas coisas, mas em geral, superstição é uma coisa comum nas pessoas. Quem gosta, não dispensa um patuá pra afastar mau-olhado ou amarrar a pessoa amada. ... Mas vamos concordar que entre belíssimos objetos como imagens, escapulários e pingentes, o povo inventa umas coisas vindas do além-túmulo...

Tipo esse troço:







No site anunciam como "Amuletu". Com "u" mesmo - o pessoal lá deve ter estudado na mesma escola do presidente que só fala *bosta ... É um chaveiro com uma essência poderosa pra atrair o amor...

Eu juro que consigo sentir o fedor daqui...

Vejamos as instruções de uso:
"Lavar o frasco em água corrente... Leve-o sempre consigo mentalizando a pessoa amada e use o conteúdo aromatizado para ativar seu magnetismo... Sem que seu alvo (?!?!?) perceba, deixe cair algumas gotas de aroma em algum lugar por onde ele tenha passado para atraí-lo ainda mais a você... Lembre-se que o principal responsável pelo seu sucesso é sempre você."

Meu comentário sobre:
Ative o magnetismo jogando esse perfume por onde o objeto de desejo passar...O alvo=cara=pretendente entra na sala e pensa "porra, quem está usando esse perfume horrível?"... Aí a crente que esta mandingando é pega em com a boca na bUtija ( com o mesmo u do amuletU), jogando a essência vagabunda na almofada, canto da sala, calçada, rua, privada, cantinho, jarro de flores e afins (vai saber por onde o alvo passou...) .


A frase final que revela o segredo do tal sucesso:

"O principal responsável pelo seu sucesso é você".

Ou seja...

"Esta porcaria fedorenta não serve pra porra nenhuma".




* Última bosta do Presidente: falar que o torcicolo foi pelo aumento do juros ou pela derrota do Corinthians ... 11,75% ao ano é para dar torcicolo em mimmmmmmmm!!!


domingo, 13 de abril de 2008

Ora...Pombas!

Quando era criança eu gostava de pombos... Na minha inocêntesabedoria infantil, todo bicho que voava era passarinho, do pardal ao pterodáctilo dos livros de ciências... Então foi fácil concluir, no auge da sabedoria dos meus 5 anos de idade, que pombo era legal.

Aí um dia eu também descobri que existia pingüim... Segundo Luciana, companheira de filosofias do 3º jardim, o pingüim era um passarinho que não voava (!?!?)... Diabos, como um passarinho não voava?
- E tem mais: avestruz também não voa.
- Não???? Coitado...

A questão mudou: tudo o que voava era passarinho?
- Claro que não,Luciana. Tem o avião.
- Não vale. É construído.
- E tem o morcego.
- Não vale também.
- Por quê?
- Porque ele vira o Drácula depois.
- Ai, deixa de ser burra!
- Burra é você. Eu vi num filme na televisão.
- Só existe um Drácula. Os outros morcegos viram vampiros.
- Ah...

Apesar desses novos fatos, os pombos continuavam inabaláveis: eram passarinhos e eram bacanas... E isso durou... Só comecei a achar que algo estava errado aos onze anos... Já muito mais sábia, fui levada pelo meu pai a um restaurante em Fortaleza, onde passávamos as férias (visitar as tias).
- Vamos comer pombos.
- Pombos?
- É.
- Eu não sabia que se comia passarinho...
- Pombo não é passarinho; Além do mais, você não come galinha?
- Galinha é diferente. Já vem cortada e embalada.
- Você vai gostar de pombo.
- E por que então a gente não pega um desses da rua e faz em casa?
- Os da rua são sujos e cheios de doenças... Os do restaurante são criados em viveiros, especialmente para serem comidos.

Nesse dia, eu desconfiei que meu pai não sabia muito das coisas... Claro que pombo era passarinho, e pra mim era um choque comê-lo. Sentia-me uma desnaturada... Se o Frajola tentava devorar o Piu-Piu desde muito antes de eu nascer, e nunca tinha conseguido, talvez não fosse mesmo para tocar nesses bichinhos... Quanto à galinha, achei mais fácil deixá-la, por ora, sem classificação.

Esqueci um pouco dessa história até ontem ao ir ao centro de São Paulo... Aqui só existe uma coisa mais numerosa do que pessoas: os tais pombos... Eles estão na Praça da Sé, nas ruelas que seguem até a 25 de Março, no Mercado Municipal, nos terraços; E, pelo jeito em todos os cantos da capital paulista. Minha convicção infantil não demorou a estremecer.. Não bastasse o fato de já ter sido premiada mais de uma vez com seus excrementos, que numa espécie de trajetória teleguiada acertam sempre a minha cabeça, lentes dos óculos e costas; Ainda tem a aporrinhação de escutá-los mesmo quando estou em casa...Moro de frente para rua; E não é raro um deles vir rulhar na janela logo de manhã cedo, o que invariavelmente me acorda...E num baita susto, pois poucas coisas são mais estranhas do que o barulho que faz.
- Lula caiu?
- Dilma cacarejou?

- Começou a 3a Guerra Mundial?
- Volte a dormir, é só alguns pombos ( Zildinha em sua grande sabedoria).

Já estava quase decidida a pedir divórcio das minhas certezas infantis e admitir que nem todo passarinho é legal...Por sorte, no almoço de família, Professora Ariana, que escutava a minha lamentodissertação sentada a mesa ao lado, é bióloga, resolveu sem querer a questão... E ainda avalizou o que meu pai tinha dito anos antes.

- ...tava cheio de pássaro lá: pardal, pombo e até galinha.
-*risos* Tânia, posso lhe chamar de Tânia?
- Claro!
- Pombo e galinha não são pássaros. São aves.

- Hã?
- Tem certeza?
- Claro.
- Tô livre! Obrigada!


Apesar de ainda não entender muito bem a diferença entre pássaro e ave, aceitei na hora a explicação...
E também o fato de que acho esse bicho chato pra caramba...
Chato e sujo...
Chato e sujo e barulhento, aliás.

Depois de afastar meus fantasmas pueris, acho que agora posso dormir tranqüila. Bom, pelo menos até o próximo maldito pombo vir gritar na minha janela...

Ele que se atreva, este protótipo de passarinho...humft!


Nota: Presidente Lula disse que gostaria de ser lembrado tal qual e como Getúlio Vargas...Falta o tiro né...

Desejo sem arrulhos uma ótima semana!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Beijo...

Quem é que nunca beijou alguém e sentiu um frio na espinha na mesma hora? Quem nunca roubou e deixou-se roubar um beijo? Beijar é maravilhoso e ponto...Melhor... Beijar é a chave que abre a porta da intimidade.

Há beijos que ficam na memória, há outros que não lembramos mais...Lembro-me bem em treinar na mão, no espelho e na laranja a forma molhada e suculenta que seria meu primeiro beijo, eu o queria perfeito e inesquecível... E de tanta expectativa acabou sendo algo rápido e apressado, pois o medo, de meu pai e/ou irmão aparecer seria o final de toda a programação...
Hoje penso que não foi tão perfeito...Mas inesquecível sim...

É engraçado como apesar de toda intimidade, toda liberdade, toda derrubada de taboos falar sobre as preferências de beijo e sexo é ainda meio complicado e algumas vezes intimidador...
Dizem que beijo é preferência pessoal; Mas como pessoal? Se beijar não dá para fazer sozinho?!?!? Pensando aqui em montar uma barraca de laranja para este pessoal...Outros dizem que para que um beijo seja perfeito não bastam somente duas bocas e a vontade de beijar; que é preciso de algumas técnicas, algumas dicas, de local, clima e ocasião...Não fechei questão ainda quanto ao clima e algumas vezes ocasião... Mas técnica? Em meus devaneios fico imaginando como seria o trabalho de um personal beijoqueiro? Ou, de um técnico beijal?

Ahhhhhhh ( suspiro de impaciência mesmo)...

Beijo precisa somente de instinto, beijar é como sentir duas línguas e duas boca dançando... Bastando somente seguir o ritmo...

Beijo para ser perfeito não precisa ser esperado, mas tem que ser desejado; Tem que ter sabores variados, tem que ser bem molhado e demorado...Tem que ser pedido com os olhos e com gestos...Tem que ser sentido no corpo e fazer flutuar a alma...O beijo perfeito tem que terlíngua no meio, ter cores e fazer nos sentir diversos cheiros...Beijo para ser perfeito não precisa terminar, precisa ter seu próprio tempo...Tempo que passa devagar...E quando no fim ele acabar nos deixar com aquela vontade de novamente recomeçar...

Como disse Martha Medeiros “o beijo é uma viagem sem volta”...

Sendo asssim...

Boa Viagem Pessoal!
Nota:

Receita para um beijo perfeito segundo a Revista Capricho e equivalentes: "Ponha a boca num ângulo de 25 graus em relação à outra boca, mexa a língua numa rotação anti-horária a velocidade de 20cm/s, mexendo os lábios como um peixe de água-doce e repetindo o procedimento de 5 em 5 segundos".

Minha opinião sobre isto? Blá-blá-blá...Acho que este pessoal devia beijar mais...
Ps.: Sobre o que aprendi com os Homens clique AQUI

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Margarina Não...Manteiga Talvez...

Eu não sei bem quando, em que altura do campeonato (mas tenho uma vaga idéia de que foi alí pelos vinte e poucos, coincidentemente com a semi-independência financeira) que a coisa do “eu me viro muito bem sozinha, obrigado, muito melhor do que com a família esquizo-neuro-pato-problemática”, apareceu, enraizou e deu no «muito melhor estar por minhas próprias pernas, deus me livre dar satisfação, a opinião de vocês não me interessa nenhum pouco, cada um com seus problemas, deixem-me em paz e isso já está bom demais»...
Claro que também coincidiu com isso a coisa de que muito melhor é escolher a própria família, que nada tem a ver com laços de sangue e de relação imemorial, tem amigo que é muito melhor que parente (o que continua sendo verdade), e que a gente não só é muito mais feliz à parte do clã, como isso é substancialmente potencializado...Só que...não. Não! Possivelmente essa conclusão seja uma mostra irrefutável de envelhecimento, o que é bem provável, dados aos quase 40 anos que vêm se estampando devagarinho nas pseudo-rugas do rosto e na inconsistência das carnes, mas o fato é de que eu estou cada vez mais certa do contrário...
Família não tem nada daquela coisa de comercial de margarina ou de condomínio verde no subúrbio... Pensando bem; somos, realmente, anormais se vistos de perto... Cada um em sua pequena célula social cheia de amor, conflito e rancor, dor e sadismo...Somos realmente a extrema danação uns dos outros, o caminho mais rápido para a culpa, o lugar onde podemos ser atingidos mais cruelmente nos pontos mais fracos (porque é exatamente neste mesmo lugar que eles se formam aquém do que deviam ter)... Mas somos mais que isso...
Somos uns o alento e o refúgio dos outros... Somos uns para os outros o exemplo vivo e concreto do que é possível fazer com aquela cadeia de DNA e aqueles valores morais com os quais fomos forjados e esculpidos... Somos um para os outros a certeza última de que não estamos sozinhos, nem na desesperança, nem na força e na coragem de seguir adiante... Somos um para o outro o espelho que apavora e regozija, mas que – felizmente – reconhece como parte de algo que não se esgota nem em você, nem no outro, mas vem de um tempo impreciso e ficará aqui por sabe-se lá mais quanto, independentemente de isso ser uma bênção ou uma praga e, nisso sim, temos nosso quinhão de responsabilidade.
Ter uma família é isso... Biológica ou não, dentro ou fora dos padrões convencionais, cada vez mais eu acredito que a família é, sim, o que nos traz até onde chegamos e o que nos possibilita pensar que podemos ir além, fazendo igual, ou tentando fazer um pouquinho diferente...
E o melhor: juntos.


OBS.: Sim, muito provavelmente isso é efeito da ausência de Zildinha; que insistiu em dois meses de férias no Ceará. Dêem o devido desconto por favor.